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Generalidades

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27
Jul24

Especialistas


Vagueando

Há uns tempos a esta parte dão nas vistas gurus, coaches, influencers, especialistas em qualquer coisa, mesmo que não seja boa coisa, nem digam coisa com coisa.

Mas está na moda, prontes. Ah, e são notícia ou, vá lá, também produzem conteúdos que são notícias. Porquê? Sei lá eu!

O interessante é que estes conteúdos, às vezes aparecem por aqui, na Sapo, ou noutro portal e, da forma como são apresentados, trazem uma auréola de evidência científica. A evidência sozinha fica desenxabida, deixou de valer por si só, adicionou-se-lhe a cientificidade, para a reforçar a evidência.

Por exemplo, se pegarmos num cubinho de Knorr e lhe juntarmos água obtemos um caldo de galinha, é uma evidência facilmente comprovada. Mas se ao mesmo cubinho de Knorr, composto por glumato de monossódico, inosinato de disódico, gordura de palma totalmente hidrogenada e, convém, 3,1% de gordura de galinha e 0,7% de carne de galinha, maltodextrina, entre outras mixórdias, provenientes de agricultura sustentável, juntarmos H2O, continuamos a ter um caldo de galinha mas o resultado é agora uma evidência científica.

Até aqui fui eu a divagar, mas vamos dar início aos conteúdos que tenho vindo a guardar. Começo por uma notícia que passou despercebida.

A era dos ‘supercentenários’: “A primeira pessoa que chegará aos 150 anos já nasceu”, revela especialista. Lá está é um especialista que faz esta importante revelação e, podes ser tu que me estás a ler o bafejado pela sorte, ou pelo azar se o planeta, revoltado com o nosso comportamento, lá está não estamos a fazer tudo o que deveríamos em termos ambientais, entretanto rebentar e acabar com todos nós.

Portanto, fica desde já outra notícia, com especial interesse para quem vai chegar aos 150 anos. Cuide-se e tome desde já nota da dissertação de outro(s) especialista(s) - Preocupa-se em limitar a sua pegada de carbono? Se o faz em vida, saiba que a sua morte gera o equivalente a uma viagem de carro de 4000 km.

Bem mas enquanto cá andamos é importante satisfazermos os nossos sonhos, lutando, de forma socialmente respeitável para o efeito. Dá trabalho, nem sempre resulta, temos que remover montanhas e remover muitas pedras do caminho.

É assim não é? Ou sou eu que já velho que venho para aqui com ideias retrógradas?

Sou eu que estou mesmo a ficar velho, afinal, lá está especialista nos mostra um atalho - Especialista revela qual é o melhor dia para comprar um bilhete da lotaria e ganhar. Leia, leia, não se intimide, não é bruxaria, é astrologia.

Entretanto como é do conhecimento geral, comer um bife não é a coisa mais sustentável ambientalmente que podemos fazer, já abordei este tema num post que apelidei “E no entanto as vacas continuam a peidar-se”.

Ora quando me deparei com esta notícia, Conheça a ‘Viatina-19’: a vaca mais valiosa do mundo é vigiada por câmaras e tem um guarda-costas armado pensei logo que se tinha resolvido a sustentabilidade do bife no prato e fui ler. Desilusão completa, mas o negócio parece lucrativo na mesma. Uma participação de 33% na Viatina 19, custou qualquer coisa, como 3,76 milhões de euros, é lá! E há mais esta vaca já foi  “Miss América do Sul” uma versão bovina do ‘Miss Universo’, onde vacas e touros de diferentes países se enfrentam.

Ora aí está uma boa ideia, juntar os concursos de Miss e Mister Universo numa única cerimónia, torná-la-ia muito mais inclusiva.

A propósito de bifes, quanto custa comer no melhor restaurante do mundo? Não se acanhe dê uma espreitadela, pegue na calculadora, junte-lhe as despesas de deslocação, eventualmente mais uma dormida e a harmonização de vinhos, uma bagatela que seguramente só deve ser sustentável (financeiramente falando obviamente) para algumas carteiras e, eventualmente, para algum carteirista mais bem sucedido.

Deixemos a gastronomia e viremo-nos para outros prazeres, uma ida à praia por exemplo. Está a pensar que não precisa de um especialista para ir à praia? Lamento, está enganado. Leia se faz favor esta especialidade - É esta a melhor hora para o bronze (sem esquecer os cuidados a ter na exposição ao sol)

Já que estamos em maré de praia convém que saiba que há praias fluviais e já agora que a melhor até é nossa. Dê uma vista de olhos – A melhor praia fluvial da Europa é portuguesa. Conhece?  Convém recordar que para proceder a classificações desta natureza tem que se recorrer a especialistas quer da avaliação, quer dos critérios usados e ainda especialistas no acompanhamento processo de avaliação em nome da transparência.

A esta altura quem sabe se eu não me estou a tornar num especialista em divulgar conteúdos de especialistas.  

De prazer em prazer até ao prazer supremo - O dia do sexo – Celebre os prazeres da intimidade, mais um rol de conselhos de especialistas da coisa.

Para terminar, volto ao primeiro tema deste post. Se por acaso ainda não nasceu, é porque provavelmente não está talhado para chegar aos 150 anos. Mas se já nasceu, pode ser que só morra depois de completar a bonita idade de 150 anos, portanto a minha escolha para a última notícia, que não é de um especialista mas sim de um profeta da tecnologia, é para si ou para todos nós - No futuro, os mortos vão voltar à vida? Profeta da tecnologia faz previsões alarmantes para os próximos anos

Se eu fosse mais novo, e tirasse um curso qualquer, desprovido de bom senso mas muito impregnado de empreendedorismo, especializava-me em terraplanagens, e abraçaria um gigantesco projeto que consistia em terraplanar a terra toda e depois queria ver se alguém tinha uma evidência científica de que a mesma é redonda.

 

Bom fim de semana.

 

25
Jul24

Aniversário


Vagueando

20240722_173701.jpg

 

 

Não sei como dizer isto – talvez porque não seja eu que vá dizê-lo mas sim um terceiro, através de um livro que me lembrei de ligar a um desafio que comemora agora um ano.

Faz um ano neste dia 26 de Julho que IMSilva lançava este desafio 1 Foto 1 Texto que, basicamente consistia em publicar uma foto e um texto, como forma de combater a falta de tempo, leia-se falta de ânimo para escrever ou vir ao blog dizer qualquer coisinha.

Então, voltando ao princípio, achei que a melhor forma de comemorar este aniversário era usar um livro, lançado este mês de Julho, cujo título não podia estar mais de acordo com este desafio – “Como Escrever”.

O seu autor não é um badameco qualquer que aparece aqui com fórmulas mágicas que, sem mais nem menos, bota toda a gente a escrever.

O autor é o MEC – Miguel Esteves Cardoso.

Ao longo do livro somos confrontados com informação de como podemos efetivamente escrever e, melhor ainda, com as razões que nos levam a não escrever.

O conceito para nos pôr a escrever é tão simples, que chegado ao fim do livro, a vontade de escrever aparece, resta apenas fazê-lo.

Curioso é o livro também ter umas partes destinadas a comentadores anónimos que aparecem aqui pelos blogs a divagar, sempre da mesma forma independentemente do assunto, apenas para dizer que quem escreve é afinal, um asno que não quer saber de nada importante.

Outra curiosidade é que também liga com a questão da foto que faz parte integrante deste desafio.

Querem saber como? Pois não digo é surpresa, mas se lerem o livro vão verificar que a ligação é perfeita.

Aqui ficam os meus parabéns à autora do desafio.

Nota Final; A caneta não vem com o livro.

21
Jul24

Tamborete


Vagueando

 

Montei umas prateleiras na minha garagem para acabar com o caos reinante e coloquei na mais alta, onde não chego sem ajuda de um escadote, as coisas que raramente preciso. 

Descobri que preciso de alguma daquela tralha mais vezes do que pensava e, para não estar sempre usar o escadote, coisa impossível com o carro lá dentro, resolvi comprar um mini escadote, apenas com um degrau. É perfeito e ainda por cima fecha-se e guarda-se facilmente. Além disso, como já estou velho e gosto de bricolar, também me vai servir para realizar algumas tarefas sentado.

Tamborete.jpeg

 

Contudo, quando cheguei a casa e olhei para o recibo, verifiquei que afinal não tinha aquirido um mini escadote, mas sim um tamborete.

Confesso que não sabia que esta gerigonça dava pelo nome de tamborete, mas achei engraçado, estamos sempre a aprender.

Bom não quero maçar-vos muito com esta nova aquisição, cujo interesse para a comunidade que - eventualmente - me lê não interessa mesmo nada.

Contudo, li as instruções que se encontram em cinco línguas, inglés, francês, italiano, espanhol e português, como qualquer bom utilizador de qualquer produto.

Ora como sabemos a língua portuguesa é muito traiçoeira e traduzida então a coisa pode escorregar (coisa que não convém nada acontecer quando se está em cima de um escadote ou de um tamborte) ainda mais.

Deixo aqui um conselho  - Se comprarem um tamborete e não se entenderem com outros idiomas, cuidado com as instruções em português porque, se forem iguais às do meu, é melhor manusear com cuidado, com luvas descartáveis e com uma mola no nariz.

Pode parecer estranho, mas deixo a prova a abaixo, a foto não é montagem nem mentira.

Blank 2 Grids Collage (1).png

 

18
Jul24

Máquina de Imperial Medieval


Vagueando

Este desafio 1foto1texto de IMSilva já dura e dura, parece as pilhas Duracell.

Para que não se esgote o desafio, hoje venho vaguear por uma máquina de tirar imperial.

 

20240713_134419.jpg

 

Fui à feira Medieval

Não é que tinham imperial

Disseram-me;  É normal

Disse; Na época não havia tal

Responderam; Mas esta máquina é tradicional (medieval)

Respondi; Vista assim parece virtual

Retorquiram; Estás a ver mal

Obrigaram-me  a olhar (de novo) para a máquina de imperial

Olhei; Parece convencional

Viram-me costas; Anormal

Pensei; Isto é inovação, quiçá Unicórnio, é Portugal

 

08
Jul24

Letras na Gaveta


Vagueando

images.jpeg

Tinha prometido a este autor - João F. Ribeiro - que iria oferecer o livro da sua autoria “Letras na Gaveta” a mim mesmo, por alturas do meu aniversário.

Mas falhei, falhei redondamente  e tenho que explicar a razão do falhanço, simples – esqueci-me do meu aniversário (é o que dá já ter muitos anos, uma fartura).

Daí quando me lembrei do aniversário, quase dois meses depois, recordei-me da promessa e fui adquirir o livro o que também não se revelou fácil, ou seja, não foi chegar à livraria, olhar, folhear e comprar. Tive que o adquirir online e levanta-lo posteriormente na Bertrand da área da minha residência que, por acaso, coincide com a do autor – Sintra.

Declaração de interesse – Não conheço pessoalmente o autor, apenas leio algumas das suas parvoíces no seu blog Crónicas no Bar da Praia.

Sobre o livro que é o que interessa. Lê-se bem, dispõe bem e transporta-se bem, esta última característica era dispensável porque antes de o transportar até casa, já estava lido, pelo que nem precisava de o trazer, podia tê-lo doado imediatamente mas, não creio que encontrasse o interessado e, deitar um livro ao lixo “jamais”.

Sim é a mesma expressão usada pelo Ex-Ministro Mário Lino a propósito do novo aeroporto de Lisboa.

Ao ler o livro que se debruça sobre as paixões do autor, quer por bolachas, quer pelo sexo oposto expondo-se, por isso, a versejar e andar a cantar à chuva tipo Fred Astair, achei que a coisa resultou, pelo que da minha parte fica o elogio a este Letras na gaveta.

Importa realçar e aí concordo com o autor que o seu poema mais bonito é “ O melhor de mim é o meu silêncio”, faz-me lembrar aquele ditado popular que calado és um poeta.

Por último, acho que um jovem alentejano, se lesse este livro, lembrar-se-ia, dos seus antepassados e diria, para quê tanta conversa para conquistar uma mulher, bastava – Gosto de ti porra!

P.S. OLetras na Gaveta, não vai para a gaveta, mas sim para a estante, merece esse estatuto e, para que não restem dúvidas, há sempre por aí quem queira ler o que eu não escrevi, gostei do livro.

05
Jul24

Turismo!


Vagueando

Para cumprir o desafio 1foto1texto de IMSilva desta semana, trago uma foto que é uma dois em uma.

Blank 2 Grids Collage.png

Convém esclarecer o porquê de duas fotos reunidas numa só. Para se perceber que há movimento.

Estas fotos são relativamente recentes, foram captadas há menos de um mês em Sintra. Caminhei uns bons 10 minutos atrás deste (presumo) turista que - olimpicamente - ignorou a existência de um passeio em boas condições e caminhou sempre na estrada, de costas viradas ao trânsito, correndo riscos perfeitamente desnecessários.

A invasão de novos veículos a circular nas estradas (e infelizmente pelos passeios) já são ingredientes propícios à ocorrência de acidentes, só no ano passado causaram 26 vítimas mortais, segundo dados divulgados pela ANSR.

Como se tal não bastasse, há quem ainda consiga inovar, como é o caso deste (presumo) turista, ao não se sentir desconfortável com carros e autocarros que só conseguia ver depois de terem passado por si, mesmo ali rentinho às pernas. Nunca se virou para trás, nem a sua consciência o alertou, tipo com um murro no estômago, para que seguisse pelo passeio.

Será que as malas dos turistas, desde que conduzidas pelos ditos, em prol da captação de mais turistas, virão a beneficiar de uma futura actualização do Código, para poderem passar a circular nas estradas nacionais?

Deixo aqui a pista para que as escolas de condução e os fabricantes de malas comecem já antecipar o futuro, lançando novos cursos de condução de malas de viagem e que estas passem a vir equipdas com luzes à frente e à retaguarda, piscas (sem esquecer os quatro piscas, muito importante para "legalizar" a paragem na via enquanto se consulta o telemóvel ou o mapa), luzes de nevoeiro, buzina e travão de estacionamento.

Atenção, não esquecer os centros de inspeção, que deverão passar a estar dotadas do equipamento necessário para a inspeção das malas, bem como as seguradoras deverão estar preparadas para criar seguros para esta nova modalidade de mobilidade (quiçá) suave.

Será que também entratará na categoria de sustentável?

 

 

 

03
Jul24

A morte de alguém


Vagueando

A morte de alguém, de forma violenta, impressiona sempre o público, causa alarme social e deixa nas famílias enlutadas feridas muito difíceis de sarar. São feridas que não se curam com tratamentos médicos, com palavras, nem com abraços e não se remedeiam com a aplicação da Justiça.

Ainda assim, não posso deixar de apresentar à família do jovem morto, no Norte Shopping, os meus sentidos pêsames.

A razão pela qual escrevo este post é porque esta morte me fez recordar um livro - Mulheres de Cinza de Mia Couto - que já li há uns tempos e que me deixou marcas que não esqueci e, uma delas, que reproduzo abaixo, infelizmente aplica-se a este trágico caso.

"Sorte a dos que, deixando de ser humanos se tornam feras. Infelizes os que matam a mando de outros e mais infelizes ainda os que matam sem ser a mando de ninguém. Desgraçados, enfim, os que, depois de matar, se olham ao espelho e ainda acreditam serem pessoas"

A minha esperança é que os espelhos continuem a dar a ver ao mundo e aos próprios, pessoas e não desgraçados.

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