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Generalidades

Generalidades

08
Set23

Sem eira nem beira

1 foto 1 texto desafio IMSilva


Vagueando

 

20230903_134407.jpg

A foto de hoje no âmbito do desafio 1foto 1 texto de IMSilva  , inspira-se numa série de placas informativas que encontrei no Algarve, à beira da estrada.

Para que não ande por aí como uma Eira Pelada, ou seja, deslavado e nu é só seguir até Faz-Fato e depois deste feito (na medida em que lhe fizeram o fato e não como um acontecimento extraordinário) de certeza que tão Bemparece.

Aproveite a nova fatiota,  siga até Ebros e descubra se as gentes de lá apreciam o traje e confirmam se bem parece, ou não.

 

01
Set23

O legado dos jornais (locais)

Curiosidades


Vagueando

Quando somos jovens o tempo escapa-se com uma velocidade estonteante, os estudos, as namoradas, as festas, não nos deixam apreciar nada sobre os locais onde vivemos.

Os velhos, nessa altura eram segundo a nossa perspetiva, uns chatos, quando falavam começavam sempre com a frase -no meu tempo não era nada disto, isto agora é uma pouca-vergonha.

Depois vem a família, o trabalho e nada muda, bem pelo contrário o tempo já não se escapa, pura e simplesmente parece não existir. Os locais onde vivemos são os mesmos mas transformaram-se, acrescentaram história à sua existência, apagando os sinais do passado que se perde à medida que os mais velhos desaparecem.

Quando me reformei, comecei a prestar mais atenção a um jardim próximo da minha casa, cujo projeto, da autoria do arquiteto Raul Lino, o transformou num dos mais belos miradouros que conheço. No local, não existe nada que o ligue a este arquiteto, nem tão pouco existe uma placa com a sua história resumida.

Vai daí, resolvi pesquisar no Jornal de Sintra o que se escreveu sobre este jardim/miradouro. A pesquisa resultou num post que coloquei aqui em 09 de Abril de 2022 sob o título o Jardim da Vigia.

Durante estas pesquisas fui recolhendo outras informações que, não se ligando com o jardim, achei curiosas pelo que resolvi partilhar hoje duas destas notas. A primeira é um cartoon publicado no jornal em 31 de Maio de 1953 e que reproduzo abaixo A linha de Sintra foi inaugurada em 1887, pelo que este cartoon foi publicado 66 anos depois, eu ainda não era nascido, mas o turismo para Sintra já seria uma realidade.

Excursionistas Sintra 31 05 1953 jornal 16318.jpg

Não vou contar aqui a história da Linha de Sintra, apenas vou referir que não foi através desta linha que o primeiro comboio chegou a Sintra.

O primeiro comboio, denominado Larmanjat , chegou a Sintra, em 1873, passando por Ranholas e quer este, quer os que vieram com a construção da Linha de Sintra acabaram por influenciar a história das queijadas de Sintra, nomeadamente as da Sapa.

A outra nota curiosa, que publico abaixo, tem a ver com uma notícia deste jornal em 25 de Dezembro de 1954 e que se refere a um homem que seguia de bicicleta e acabou atropelado por um avião.

Colhido por um avião Jornal 160325 - 25 12 1954.j

Isto aconteceu porque a estrada antiga que ligava Sintra a Pero Pinheiro, atravessava a pista da atual Base Aérea nº 1 e era justamente conhecida por Estrada da Base ou Estrada da Granja, porque esta Instituição Militar está implantada no local conhecido por Granja do Marquês.

Na foto do Goggle que deixo abaixo é bem visível a estrada que atravessava a pista e que liguei com uma linha vermelha a parte que entretanto desapareceu.

BA1 (2).jpg

 

01
Set23

Recordações da minha avó materna

Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva


Vagueando

Mais olhos que barriga (2).jpg

A foto de hoje no âmbito do desafio 1 foto 1 texto de IMSilva, despertou as minhas memórias sobre a minha avó materna.

Andava sempre com este ditado na boca - quem não é para comer também não é para trabalhar - e, quando eu ainda jovem torcia o nariz a alguma comida que vinha à mesa, por exemplo, cozinha de batatas ela olhava para mim com ar ternurento mas decidido, porque percebia que eu não gostava e dizia, come que isto não te mata e - o que não mata engorda.

Eu encolhido, fingia que comia e pronto aguentava estoicamente à mesa com os adultos, porque já sabia que não teria direito a sobremesa, naquela altura era assim mesmo, ainda não se fazia as vontades todas às crianças. Vai daí a minha tia ia servir-me uma fatia de bolo que, obviamente, rejeitei por não ter comido a cozinha de batatas. A minha avó percebeu a deixa e voltou à carga - quem não come por ter comido, não é doença de perigo.

Já quando se tratava de comida de que gostava, bifes com ovo a cavalo, batata frita, enchidos, queijo, alambazava-me e rapava o prato. Aí lá vinha mais um ditado dela - mais vale alimentar um burro a pão de ló - ao que eu respondia, para alinhar na paródia, tenho que comer carne porque - peixe não puxa carroças.

Só existia mesmo um ditado popular que a minha referia mesmo a sério quando se punha comida a mais no prato que depois não se comia , lá vinha a ladainha - tens mais olhos que barriga - e rematava - asno com fome até cardos come.

E assim aprendi a nunca desperdiçar comida.

Voltando à foto. Tirei-a esta semana quando cheguei a uma esplanada em Sintra e me deparei com este desperdício.

Bem sei que - cada um come do que gosta - mas, desperdiçar comida assim faz-me muita confusão. Se não se gosta não pede, se era grande, partilhava-se a tosta mista, se só se aperceberam do tamanho das tostas quando chegaram à mesa, levavam o resto, mas este espetáculo, nunca.

É falta de respeito por quem tem fome, é obsceno, é pornográfico.

Se estas pessoas se tivessem lembrado - do guarda que comer, não guardes que fazer - teriam guardado mesmo as sobras para dá-las a alguém.

Para terminar com mais um ditado popular (até rima), costuma dizer-se que - há hora de comer sempre o Diabo trás mais um.

Pois neste caso foi pena não ter aparecido um (pobre) diabo que tivesse ficado com estas sobras, certamente teria dado graças a Deus.

Pág. 2/2

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