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Generalidades

Generalidades

27
Jan23

O oito e o oitenta


Vagueando

Trata-se de uma expressão muito popular que representa dois extremos o mínimo e o máximo.

Mas também existe outra expressão muito conhecida que refere que os extremos tocam-se, pelo que, à partida, sem sabermos do que se fala ou se discute, somos tentados a optar pelo meio-termo.

Bom vem isto a propósito de duas notícias muito recentes que me deixaram um pouco perplexo. Estas notícias permitiram-me concluir que o luxo está a ficar muito barato e que os que estão habituados ao luxo, querem começar a brincar aos pobrezinhos, mas não sabem como o fazer e, por isso, pedem ajuda aos governos. Como todos sabemos só com a ajuda dos governos se consegue empobrecer e, já agora, só com a ajuda dos governos se consegue mais igualdade na pobreza.

Hesitei por onde começar, se pelo oitenta, se pelo oito, decida o leitor.

A primeira notícia fala de Roberta Metsola, Metsola declara viagem de luzo oferecida por empresa de vinhos Presidente (se calhar deveria escrever Presidenta) do Parlamento Europeu, foi ao confessionário (parece o Big Brother) e declarou, embora fora de prazo, que uma empresa vinícola francesa, lhe tinha pago uma viagem de luxo, que incluiu um jantar de cinco pratos e um quarto num hotel de cinco estrelas, Le Cep, em Beaunede, nem mais nem menos que um castelo medieval, para ela e para o marido, no valor de 350 euros.

Ora eu, que nunca fui dado a luxos, já tive que pagar este valor por um quarto, sem ser num hotel de cinco estrelas, sem pequeno almoço e sem jantar de cinco pratos, fiquei estupefacto com esta exploração a um probetanas.

Já estou a pesquisar hotéis de cinco estrelas, com jantares de cinco pratos incluídos, porque o luxo está a ficar mesmo barato, mas infelizmente não encontrei nada por aquele preço. Cheira-me a que este preço é só para ricos especiais.

 A segunda notícia Milionário britânico pede em Davos para pagar mais imposotos,fala de ricos ou melhor, de ricos com sentido patriótico.

Estão indignados por os governos ignorarem, em matéria de impostos. Não pensem que estão a protestar por pagarem muito. Estão a implorar para pagarem mais impostos. À boa maneira proletária, começaram a manifestar-se em Davos, porque querem ser mais taxados, por acharem que é de uma injustiça atroz, pagarem tão poucos impostos, face ao que ganham.

Já estou a imaginar uma manifestação de foragidos à justiça, começarem a manifestar-se para obrigar os governos a colocarem mais polícias a persegui-los, já que consideram ser uma injustiça tanta gente a ser presa menos eles.

Para estes ricos patrióticos qua andam por aí a incomodar os governos a pedir nova leis para serem mais taxados, sugiro que de uma forma simples, sem alaridos nem complicações ou manifestações, pura e simplesmente retirem o seu dinheiro de off-shores e sujeitarem aos impostos como os pobrezinhos. 

18
Jan23

Sonhar e voar


Vagueando

20230114_152607.jpg

 

Sonhar é ir para lá da nossa vida quotidiana, da nossa vida física.

Sonhamos em pé, sentados, acordados e a dormir. Contudo, que eu saiba, ainda não conseguimos fotografar os nossos sonhos de modo a os podermos exibir aos nossos amigos ou melhor, mostrar a todos que não estamos a inventar, que não estamos loucos.

Voar faz parte do sonho de qualquer pessoa, mesmo que tenha receio de algum dia o vir a fazer. Voar sempre fez sempre parte do sonho do ser humano, mesmo antes da invenção do avião e de outras máquinas voadoras.

Voar é ir para lá das nuvens e depois de as vencer contemplar o céu que continua lá bem alto, inacessível, ainda que num avião a tentação de lhe tocar seja grande.

Sonhar e voar complementam-se, jogam em equipa não para competir, apenas e só para satisfazer quem gosta de uma coisa e de outra.

Um destes dias, a sonhar ou voar, acordado ou a dormir, dei comigo a voar. O voo subia, subia, subia e de repente eu próprio ao lado do piloto a sonhar ou voar, disse-lhe;
Olhe, ali em frente, as nuvens abriram uma passagem tão bela, tipo chaminé que podemos passar por ali e continuar a subir.

Ele concordou, a voar e a sonhar, entramos naquela passagem que chamava por nós e continuámos a subir onde ainda estamos e de onde envio este post.

Não sei onde estou, só sei que não estou em casa, nem com os pés no chão, nem se estou ainda a voar ou ainda a sonhar-

06
Jan23

Cabeleira Sportinguista


Vagueando

20230106_100213.jpg

Hoje ao vaguear por Sintra, como eu adoro vaguear a pé por Sintra, já que o trânsito dentro desta bela vila, onde tenho o prazer de residir, me irrita solenemente.

Esta irritação deriva do estacionamento se fazer sem respeito por outros automobilistas e por peões, já para não falar no desrespeito pelo Código da Estrada e onde a única coisa que parece interessar é o negócio gerado pelo escasso estacionamento pago, tal é a fúria com que se fiscaliza este e o desleixo com se deixa acontecer o que efectivamente gera problemas de fluidez e coloca em causa a segurança dos peões.

Mas pronto isto foi um desabafo.

Centro-me agora na verdadeira essência do que me levou a escrever hoje. Claro que foi uma foto, a foto acima. Olhei para este muro, naquele momento, naquele exato momento em que o Sol fazia brilhar a mini cabeleira deste muro e pimba, sai o disparo.

Acho que sou um caçador de imagens, passo pelo mesmo local meses a fio e de repente descubro que pode estar ali uma coisa diferente. Já perdi a conta quantas vezes passei por este muro, mas hoje estava verdadeiramente diferente.

Daí que o fotografei e fiquei a observar a foto, que gostei de imediato, mas queria atribuir-lhe outro significado. Vai daí lembrei-me das poucas pessoas que conheço dentro da comunidade Sapo. Como sei que pelo menos uma é do Sporting e se chama José, resolvi atribuir o título de "Cabeleira Sportinguista", a esta foto.

Bem sei que o verde é ligeiramente diferente, a luz do Sol dá-lhe outra tonalidade e outro brilho, mas que é verde é. 

Só peço desculpa não pedir que o clube brilhe este ano como esta cabeleira, porque, com todo o respeito, não é o meu clube do coração.

 

 

01
Jan23

Já cá canta mais um


Vagueando

 

20221228_151438.jpg

Hoje é o primeiro dia do ano de 2023.

Mais um ano que será igual a todos os outros, na medida em que continuará a haver mortes e nascimentos, ganância e bondade, guerras e ou conflitos e paz, demissões de ministros e secretários de estado e nomeação de novos, quedas de governos e posse de novos, acidentes rodoviários, mais derivados de irresponsabilidade de quem conduz do que causas fortuitas que só gerarão exigência de responsabilidade, caso envolvam alguma figura pública .

No final do ano as estatísticas, obtidas pela recolha de dados através de métodos cientificos/matemáticos e certas porque estão validades pelas ciências ditas exatas, servirão para demonstrar ao nível político, a incompetência de quem nos governou e evidentemente, a competência de quem, estando na oposição, indicava outro caminho.

Não há volta a dar, é sempre assim, só não percebo é porque quando os governos mudam apenas se aletram os discursos e as culpas.

Bom isto foi só um desabafo, agora vamos ao que interessa e ao que trouxe até aqui.

Hoje repeti o meu ritual, que consistiu em sair de manhã cedo, observar o primeiro dia do ano, sem gente na rua e conclui que estando tudo igual, está tudo tão diferente.

A rua vazia fez-me lembrar os tristes dias dos confinamentos, mas mesmo estando vazia sentia-se vida, a vida que dormia, que descansava depois de uma noite de folia. A humidade assente no chão deixava ver sulcos de automóveis que por ali circularam durante a noite, a infeliz lixeira que muitos foliões largam nos passeios, para depois com o ar mais cândido deste mundo, carregado de direitos cívicos, alegam que têm direito a ruas limpas.

Até as árvores se bamboleavam de forma diferente alegradas pelo vendo moderado que se fazia sentir.

O comércio fechado mas com o letreiro a indicar que “estamos encerrados dia 1 de janeiro", lembram-nos que amanhã lá estarão de novo para nos receber. É como se as portas não estivessem fechadas mas apenas encostadas à espera de serem  empurradas e puxadas de novo, pelo vaivém do entra e sai.

Este passeio matinal, sozinho, pelas ruas de Sintra, fez-me sentir vivo e acompanhado mesmo sem ver ninguém porque sabia que ali por trás daquelas portas, daquelas janelas, daquelas paredes há gente que daqui a pouco sai à rua para confirmar se 2023 efetivamente chegou.

Eu fui o primeiro a confirmar, sinto-me assim como aqueles carolas que vão à praia tomar o primeiro  banho do ano.

Certamente nos encontraremos por aqui, porque ainda não perdi (vamos ver até quando) a vontade vaguear.

Bom Ano de 2023.

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