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Generalidades

Generalidades

25
Mai22

Trânsito em Sintra


Vagueando

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De tempos a tempos dedico-me a consultar as edições mais antigas do Jornal de Sintra, algumas do tempo em que nem sequer ainda tinha nascido, como é o caso desta. A notícia acima veio publicada, neste jornal, no número 757, de 01 de Agosto de 1948.

Setenta e quatro anos depois, com a brutal evolução educacional, eis que estrangeiros, supostamente sempre mais respeitadores das regras que nós portugas,  imitam hoje,  os nossos comportamentos de 1948.

20220427_092245_LI.jpg

Isto não quer dizer que os nacionais, residentes ou não, tuk tuk's e afins, não façam o mesmo. Apenas achei interessante, daí ter fotografado, os estrangeiros, que tanto nos criticaram e criticam (ainda me lembro muito bem " do gastar tudo em copos e mulheres") fazerem o mesmo, ao contrário daquilo que fazem nos seus próprios países.

Para além da coincidência de comportamentos, falta de respeito pelos passeios ou passagens de peões, estacionando do lado esquerdo e a ocupar parte da faixa de rodagem, dificultanto o trânsito, coincide também o facto de (infelizmente) a fiscalização policial atualmente também ser escassa, em contraste com a fiscalização regular e intensiva que se faz aos lugares de estacionamento pago, sendo certo que estes lugares, não causam nem insegurança, nem prejudicam a fluidez do tráfego.

 

 

 

25
Mai22

Contemplando


Vagueando

 

CABOROCAPORSOLSET2009.JPG

Onde a terra acaba e o mar começa

Há mar e mar, há ir e voltar

Olhamos o Sol, esperamos que se despeça

O Sol foi-se, deixou de nos acalentar

 

Sol para onde vais, porque nos deixas?

Ficamos sós, apenas com a brisa do mar

Vou iluminar e aquecer outros, não quero queixas

Ficamos aqui sem luz, sem calor, a pensar

 

Ai se pudéssemos ser aquela ave em liberdade

Saborear o vento que lhe dá aquele sustento

Acompanhávamos o Sol até à próxima Cidade

Não ficávamos aqui parados ao relento

 

O céu e as nuvens parecem aqui tão perto

Junto a nós, junto ao mar, junto a ti, Sol

Já não sabemos o que vemos ao certo

Esperamos que a espera se canse da luz do Farol

 

 

22
Mai22

A Excelência


Vagueando

Em jovem era normal tratar por V.Excelência ou Excelência uma pessoa ou pessoas que fossem importantes, normalmente pelo cargo que desempenhavam.

Com o tempo desvaneceu-se esse formalismo, até mesmo para com os altos representantes da Nação, que são tratados, por todos e mais alguns, incluindo jornalistas, pelo nome e ponto, sem que isso, aparentemente, digo eu, configure algum menosprezo ou falta de respeito.

Não obstante se ter abandonado o termo excelência para as pessoas, já agora, para não se desperdiçar a palavra e para que a mesma não caia em desuso, até porque, afinal, continua a ter importância, encontramos o termo aplicado às empresas, o que segundo a avaliação das mesmas, significa que, supostamente, atingiram um grau máximo de qualidade ou perfeição dos seus produtos.

Não há excelência para as pessoas, mas existe em abundância nas empresas que, curiosamente, ainda atingem este status milagroso, graças ao esforço das pessoas.

Quer isto dizer que as pessoas perderam a excelência (porque o termo tem que ser usado com parcimónia e, obviamente, não chega para tudo e todos) em prol das empresas onde trabalham.

E isto leva-me ao Turismo e aos hotéis, muitos dos quais se dizem de excelência, querem sempre o cliente satisfeito, que se sinta em casa (se fosse para me sentir como em casa não ia para um hotel), que viva experiência únicas etc.

Para garantirem este desiderato, solicitam-nos sempre os nossos dados e oferecem-nos cartões de fidelização, sempre em nome da excelência, bem entendido. Já perdi a memória às vezes em que celebrei o meu aniversário e da minha mulher em hotéis, nacionais e estrangeiros, com a particularidade de o festejarmos no mesmo mês, com dois dias de diferença. Ou seja, nos quatro a cinco dias que estamos num determinado hotel, eu e ela celebramos o nosso aniversário.

Pois a excelência, a organização, o sistema informático, os metadados (ui agora não se pode falar nisso) nunca nos dirigiram uma palavra, por exemplo, aquela mais usada e que sozinha, sem mais salamaleques, basta para celebrar a ocasião; Parabéns.

Mas, curiosamente, e em nome da excelência, quase todos estes hotéis, nos enviam os parabéns no ano seguinte, quer por email, quer por sms. Concluo assim que enquanto lá estou a excelência da empresa não quer saber de mim, o lucro já está garantido pela estadia, mas a partir daí, talvez o mais importante para estas empresas de excelência, seja eu voltar.

Daí que para além dos parabéns me enviem também a “cenoura”um descontito na próxima estadia.

Só não percebo é porque a tal excelência, não se lembra de alertar o(s) colaborador(es) para simplesmente darem os parabéns aos clientes.

Talvez por pensar que as pessoas já não são de excelência para dar os parabéns a outras pessoas (clientes).

Tudo isto é mesmo muito personalizado e, claro está, excelente.

14
Mai22

Algo inspirador na 11ª imagem do teu telemóvel


Vagueando

Desafio da Abelha - Semana 20

https://rainyday.blogs.sapo.pt/52-semanas-de-2022-introducao-392169

 

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Juro que fiz batota, porque a 11ª imagem no meu telemóvel não era esta e, não sendo esta, não era sequer inspiradora, era revoltante.

Daí que, com a tal batota, inspirei-me nesta foto porque, segundo dizem, o Sol quando nasce é para todos, mas vê-lo nascer é só para alguns, os que não esperam na cama que ele nasça.

Já marquei no meu telemóvel, a data para o encontro do próximo ano e espero vir a ter sorte porque observar o Sol nesta posição, só é possível durante poucos dias do ano e depois porque em Sintra o nevoeiro matinal gosta muito de nos estragar os planos previamente agendados bem como os planos fotográficos.

Espero que se inspirem e que me deixem saber o resultado da vossa inspiração.

09
Mai22

Dia Europeu da Segurança Rodoviária


Vagueando

Assinala-se hoje, segunda –feira dia 9 de maio, o Dia Europeu da Segurança Rodoviária.

Como eu gostaria que se celebrasse este dia em vez de o assinalar.

No caso que nos toca, deveria ser assinalado como dia de luto nacional, porque só este ano, até ao final de abril, morreram nas estradas portuguesas 107 pessoas e durante o ano passado, 401 pessoas perderam a vida.

Lamentavelmente, as forças de segurança, continuam a centrar a sua fiscalização no controlo de velocidade (pelo menos é assim que divulgam as suas estatísticas e é disso que falam nas suas campanhas especiais de fiscalização) e as autoridades de supervisão, não especificam se os acidentes se dão em vias bem sinalizadas (o que não faltam, infelizmente, por este Portugal fora são estradas pessimamente sinalizadas), ou fora destas. E também nunca se refere o estado dos veículos, nomeadamente se circulavam com pneus em bom estado e à pressão correta, se com chuva ou nevoeiro circulavam com os médios ligados, etc.

Nunca percebi porque razão se fotografam veículos em excesso de velocidade e não se fotografam veículos que não param no sinal vermelho, perante um sinal de stop ou que ultrapassam em zonas proibidas, como se estas manobras não fossem causadores de acidentes graves.

Não percebo porque as autarquias investem em agentes (os necessários para levar a cabo a sua missão) para fiscalizar veículos que estão bem estacionados, apenas não pagaram o estacionamento (que gravidade é que isso tem para a segurança rodoviária?) mas não investem em agentes suficientes para que, como a mesma intensidade de fiscalização possam multar veículos parados em segunda fila com os quatro piscas ligados (o que configura desde logo duas infrações),em cima do passeio e passadeiras, obrigando os peões a circularem nas faixas de rodagem, como se os atropelamentos não fossem um triste e dura realidade.

Numa altura em que proliferam novos veículos a circular, até onde não podem (bicicletas e trotinetas em cima dos passeios), carrinhos eléctricos usados por idosos em estradas, trotinetas com duas pessoas, bicicletas em vias de sentido único a circular em contramão, tuk tuks por todo o lado em velocidade excessiva face às suas características e condições de segurança, não há quem fiscalize nada disto.

As famosas zonas 30km/h, onde coexistem peões, turistas, ciclistas, trotinetas e veículos automóveis, não há radares, o cocktail perfeito para o desastre, também não há fiscalização.

Neste dia apenas tenho uma certeza, não são as mortes nas estradas que nos chocam e que nos indignam, basta ver a atenção que se presta na comunicação social a este flagelo. Não existe em nenhum jornal da espacialidade ou televisão, um programam dedicado exclusivamente à segurança rodoviária.

O nosso choque e indignação só ocorreu, quando, em 2021,  o carro de um ministro atropelou um trabalhador na autoestrada, as outras 400 mortos, envolveram pessoas que não tinham família, nem amigos, nem os acidentes que as motivaram, resultaram da prática de qualquer ilícito rodoviário, muito menos de alguma ação negligente.

Explica-se tudo com; É a vida!

08
Mai22

Uma carta para alguém


Vagueando

Desafio da abelha - Semana 19 - Uma carta para alguém

https://rainyday.blogs.sapo.pt/52-semanas-de-2022-introducao-392169

 

Já publiquei este post em Dezembro de 2021. Contudo, acho que pode ser uma carta para alguém que não sei quem é.

 

Para alguém que já tem idade para não acreditar no Pai Natal, mas que acredita na Justiça, aqui vão três histórias de como se exerce o poder sem fazer justiça ou como fazer da justiça um abuso do poder.

História um

Um jovem cidadão há pouco tempo no seu segundo emprego, o primeiro perdeu-o por causa da pandemia, é destacado para se apresentar no dia seguinte noutro local de trabalho da mesma empresa. Contudo, por falhas técnicas no sistema informático viu-se obrigado a passar pelo seu anterior posto de trabalho no dia seguinte. Por volta das 10h sai, dirige-se ao novo local, depara-se com falta de lugares para estacionar. Em stress, vê um lugar e estaciona. Quinze minutos depois, recebe uma chamada no seu telemóvel.

Era a PSP a avisá-lo que tinha estacionado num lugar destinado a esta força de segurança. Sai apressadamente, retira o seu carro e dirige-se imediatamente à esquadra onde explica o sucedido. Agradece o telefonema e pede desculpa. Recebe como resposta, em tom de gozo; Já tem brinde, multa de 60 euros.

Esta pessoa tem vindo a partilhar comigo fotos do local circundante, onde se vê estacionamento irregular de todo o tipo. A PSP não se dá ao trabalho de consultar os registos dos automóveis em infração e ligar aos proprietários. Muito menos em passar-lhes o tal brinde, o que interessa afinal é proteger os seus próprios lugares.

História dois

Por ter interesse num determinado tema, tenho consultado alguns processos julgados e que já não se encontram em segredo de justiça. Recentemente, em resposta a um pedido de consulta a mais um processo, recebi um elaborado despacho de 4 folhas em que me atribuem o estatuto de arguido e negam o acesso ao processo. Contestei, não só facto de estar a ser tratado como arguido como da recusa. Reiteram a recusa , mas no email vem anexado um processo, o que me deixou estupefacto. Ao abrir esse processo, constato que nada tem a ver com o meu pedido e apago-o.

Dou nota do erro.

Da Justiça, nem um pedido desculpas por me tratarem indevidamente como arguido, muito menos uma explicação sobre o envio de outro processo.

História três

Recentemente estavam a decorrer  buscas levadas a cabo pela PJ,  ao FCPorto e ao seu presidente. Eis senão quando, com as mesmas a decorrer, cai no meu telemóvel,  enviado por um amigo reformado, que não está nem nunca esteve ligado à Justiça, o documento assinado pelos Procuradores que suportavam as referidas buscas.

A Justiça nem sempre prima pelo segredo que a sua própria legalidade impõe. Com estas três histórias, a Justiça deu uma valente machada na perceção que tinha sobre a sua idoneidade e credibilidade e, vai daí, achei melhor voltar a acreditar no Pai Natal.

Como isto é uma carta para alguém, informo desde já que não é para o Pai Natal..

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