Não existem dúvidas que o processo de vacinação contra a Covid 19 em Portugal foi um êxito estrondoso e até um exemplo para o Mundo. E parece ser unânime que o sucesso desse processo tem um nome, Almirante Gouveia e Melo.
Contudo, não posso deixar de relevar o papel da EU, nomeadamente da Presidente da Comissão Europeia, Ursula Gertrud von der Leyen, na aquisição das vacinas, sem o qual este processo, por mais competente que fosse a sua gestão, nunca seria tão eficaz e rápido.
Reconheço ao Almirante Gouveia e Melo a grande capacidade de prever, gerir, adaptar e implementar os procedimentos necessários para maximizar a capacidade instalada. Desde a segmentação por idades à modalidade casa aberta e à possibilidade de se tomar a segunda dose em qualquer posto do país, até às suas deslocações imediatas aos locais onde estavam a ocorrer anomalias, demonstraram competência, honestidade e muito profissionalismo.
Importa referir, sobre as suas deslocações aos locais de vacinação, dois sinais claros que deixava a todos os intervenientes no processo;
Um - De que havia empenho de quem estava a gerir, que se estava em cima do acontecimento, que não seriam toleradas as habituais quintinhas e compadrios, dado que tudo estava a ser acompanhado e controlado.
Dois – De que havia apoio de cima e que esse apoio se materializava em correções imediatas e que depois delas, ficava demonstrado, rapidamente, que o processo melhorava.
Outro dado importante, utilizou-se no processo a prata da casa. A prata da casa, foram funcionários públicos, técnicos de saúde pública que a maioria das vezes são acusados de não trabalharem ou de não quererem trabalhar.
Muitos gestores públicos e privados, devem sentir-se envergonhados. Quando existe competência, quando a motivação é verdadeira, quando a missão é credível, quando se acompanha os intervenientes, quando os objectivos são atingíveis e perceptíveis ao longo do tempo, as equipas funcionam e orgulham-se do seu trabalho.
O Almirante, demonstrou que a gestão, para ser boa, não necessita de ser paga e ainda premiada a peso de ouro para funcionar.
De aplaudir também, o papel das autoridades, dos voluntários e também do povo português, cuja mobilização foi extraordinária.
Para aqueles que afirmam frequentemente, não servir os militares para nada, ficou provado que não só fazem falta, como são competentes.
Com orgulho, concordo em absoluto que o processo de vacinação foi um tremendo êxito e agradeço a todos a lição que deram ao país, oxalá o país tenha aprendido alguma coisa com ela.