A Rota Vicentina
Vagueando
A Rota Vicentina é composta por conjunto percursos pedestres no sudoeste do país e liga Santiago do Cacém ao Cabo de S. Vicente. Trata-se de uma zona de que gosto bastante tendo já percorrido a pé a totalidade do percurso, ou seja, 450 km. Esta rota é composta por dois caminhos, o histórico e os trilhos dos pescadores.
O primeiro também é ciclável, o qual também já estou a fazer em BTT e o trilho dos pescadores segue pelo costa e pelas praias.
Não vou tomar partido pela maior de belza de um ou de outro, apenas e sáo deixar o meu contributo e homenagem a este excelente projecto que aconselho vivamente a fazer.
Vêm de fora, passar o tempo, ver o que desprezamos
Onde estão os famosos portugueses descobridores
Que fizeram a nossa história, com a qual nos regozijamos
Cegos, nem com cão guia, apreciam tão grandes valores
É triste e desolador, caminhar por tão bela alegoria
Isto não vai lá sem o cliché – De cortar a respiração
E depois não ver portugueses a fazer esta bela travessia
Não fazer esta rota, caminhar por ela, parece uma traição
Andar, caminhar, respirar, observar, conversar, contemplar
Na rota há tudo o que precisa, está tudo ligado em rede
É só, pé ante pé, caminhar, caminhar, sem se enganar
Basta de seguir as marcas e não esquecer de matar a sede
Há dois Caminhos a escolher, o Histórico e o dos Pescadores
Se tiver dificuldade em acertar com o que fazer, não escolha
Um primeiro, a seguir o outro ou melhor, baralhe os odores
Faça-os, sim a ambos, como quiser e vai ver, fica novo em folha
Antes de começar pode-lhe parecer que é muito, olhe que não
Depois de se iniciar, nem quer pensar senão em rápido acabar
Pode descansar entre etapas, sem ter que dormir no chão
Um Turismo Rural por si sempre espera para o bem acomodar
A gastronomia alentejana é sempre boa aos dias úteis
Mas é ainda muito melhor nos outros dias da semana
Não comemos, perdemos a noção, ficamos fracos, inúteis
E, pior que tudo, a moleza ataca, só queremos uma cama
A Rota não liga com cama, muito menos com acomodação
Não precisa gastar muita energia, mas sim ganhar alegria
Quando começar, vai logo querer acabar, é tudo motivação
Atento que estará às marcações, nem precisa de qualquer guia
Cada metro palmilhado, a subir ou a descer, é para distrair
É melhor que ao seu pulmão tirar uma qualquer radiografia
Para o efeito dizem; Não respire, não respire, parece implodir
Aqui é só respirar, ar puro, tão puro, que fica bem na fotografia
Chegado ao fim, nem acredita que o fez, vai querer outra vez
Já não há percursos, mantenha-se atento, novos estão na calha
É só aguardar, ou ajudar a procurar novas rotas, dará jeito talvez
É que contribuir para a divulgação da região, merece uma medalha