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Generalidades

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16
Mai25

O mais belo Jardim de Sintra


Vagueando

Participação XXVIII, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Jardim.jpg

Adoro este Jardim.

Primeiro - porque sou "obrigado" a passar por ele, a pé ou de carro, todos os dias no caminho que tenho que percorrer para ir ou sair de casa.

Segundo - porque as tonalidades que o mesmo exibe ao longo de cada dia são espectaculares.

Terceiro - porque se trata de um jardim que não sendo exuberante nas espécies que por ali "habitam" é muito exuberante na paisagem que oferece.

Quarto - porque sendo um Jardim, não deixa de ser um mirador, com uma vista para os símbolos de Sintra, a serra, os monumentos, o Monte da Lua.

Quinto - porque se trata de um jardim sem grandes adereços ou exibicionista de materiais que foram transportados para ali para lhe dar forma. É de pedra (que já ali existia antes porque o local era uma pedreira).

Sexto - porque fica sempre bem em qualquer fotografia que se lhe tire.

Agora;

  • A verdade, tudo o que escrevi.
  • A mentira, o que vê na foto.

A mentira é propositada e passo a explicar. As máquinas fotográficas (pelo menos as que eu uso) ainda estão longe de ver o que o olho humano vê. Esta foto foi tirada no passado dia 12 de Maio de 2025 às 7h:00m. O Sol ainda estava baixo e através de uma nesga no arvoredo que rodeia este local, incida no tronco deste plátano. Daí que lhe modifiquei alguns aspectos da luz, para que o observador possa ter uma visão mais próxima da minha visão, naquele dia, naquela hora.

Depois, eliminei os fios que riscam a paisagem como se escreveu no Jornal de Sintra 275 de 21 de Maio de 1939, ou seja há 86 anos e que nem o facto de SIntra ter sido eleita Património Mundial da Humanidade em 1995 resolveu este tema. Por outro lado, limpei também uns postes metálicos que a CMSintra ali colocou há mais 4 anos, não sei para quê.

Podem, comparar a foto acima e ver as diferenças com a que coloquei na abertura do post que escrevi sobre a história deste Jardim em 09 de Abril de 2022, aqui.

07
Mai25

Junho 1966


Vagueando

2025-05-07_091124.jpg

 

Para jovens e menos jovens que andam por aí cheios de saudade de um passado que não conheceram aqui vai uma troca de correspondência de um cidadão de Lisboa com um 1º Cabo  sedeado em Moçambique, onde fica bem evidente que se hoje não estamos bem, naquela altura estávamos bem pior.

Trata-se de correspondência trocada via aerograma cuja transcrição integral reproduzo abaixo[1]

(Os nomes referidos não correspondem aos que constavam no aerograma)

 

Caro José

Lisboa, 7/9/1966

Então que tal essa bizarria? Cá por casa estamos todos na mesma, aliás uns mais mesitos a mais velhos.

O tempo em Lisboa está óptimo duma maneira  geral, pois estando , normalmente calor, de uma hora para a outra ou chove ou faz nevoeiro, nalguns dias.

Temos agora a Feira Popular, a Feira do Livro e uma Exposição de Floricultura nas terras de cima do Parque Eduardo VII, pelo menos arranjaram o terreno daquela extremidade e puseram lá uma pequena Esplanada.

Abriu há poucas semanas a Piscina da Avenida de Roma, mas foram lá tantos meninos yés-yés e outras espécies, dizer tantos piropos às miúdas, no dia da inauguração, que elas fugiram todas da piscina. Enfim continuamos provincianos chapados.

A vida está cada vez pior mas isso que importa se até vamos ter as marchas populares, pelo Stº António. Esse ano são 19.

Quanto a cinema, já que estamos em maré de festas, estão agora 4 bons filmes no cartaz; “Música no Coração”, há uns meses, com enchentes no Tivoli, “ A Nave dos Loucos” no novo cinema Mundial, (abriu também outro Estúdio 444) que leva outro filme bom “As escravas ainda existem” e no Império vai “África Adeus”, um documentário filme quase no género de “Europa à noite”. O Teatro, continuam as mesmas revistas com coisas vindas dos “balets” do Bairro Alto, comas mesmas piadas para a geral. Esteve no "Avenida "uma boa peça brasileira que ganhou o 1º prémio da Festival Mundial de Teatro Universitário. As praias estão todas no mesmo sítio com água quente pró banho. Ao Domingo à noite as pessoas já cheiram menos a porcaria, nas ruas baixa

A equipa do Sporting perdeu a Taça de Portugal porque os jogadores (sobretudo os militares) chegaram fisicamente arrombados ao fim da época. Mas para o ano é que vamos ganhar tudo, pois vão comprar o Jaime Graç por 500 contos e meia dúzia de jogadores da reserva (O Victória quer o Carlitos, o Ferreira Pinto, o Dani e o Barão e mais 3, se calhar até aceitavam o Carvalho, o Hilário eo Zé Carlos), parece que o Sporting quer mandar uns rapazitos dos juniores, muito geitosos, que não têm jogado na reserva para não se estragarem. Mas parece que o assunto está bem encaminhado. Além disso o Sporting quer comprar dois avançados bons.

O António a Tereza já andam de lambreta. Logo no primeiro dia iam chocando com um saloio na Auto-Estrada, que os mandou logo para um sítio que não vem no mapa – “Barraca”.

O Joaquim esteve de férias e tirou o passaporte para ir à Bélgica. Só depois é que soube que 15 dias na Bélgica custam umas massas. Andou para aí chateado como passaporte no bolso. Disse-lhe para ir ao Algarve mas acabou por não ir, “sim porque ele não é um turista qualquer”. Continua com a mania de emigrar e nós sabemos como ele é aa negação pura do emigrante. Enfim coisas à Joaquim.

Muita  gente que me pergunta por notícias tuas. Dizem que já não perguntam à mãe porque ela começa logo a chorar. Quando recebe notícias tuas ou te escreve, idem. Quando recebe o teu abono de família idem. Quando vê o António Jorge, que ainda não se esqueceu de ti, aspas , aspas. Enfim, já sabes como é.

Sei que também a ti te custa a passar o tempo longe de todos, mas um homem é um homem e um macaco é um bicho.

Faz  por te distraíres e não pensares no tempo que falta! Viva o Benfica. Então foi muito grande aí a bronca da final com o Sporting de Lourenço Marques? O protesto do Benfica foi uma vergonha. Estou a escrever-te do Café e a perder um daqueles programas de televisão, que são todos “muita bons”.

Não há dinheiro para festas, nem muita vontade – falta de tempo. Cumprimentos dos amigos, um abração da Albertina, da tia do António Jorge, da Lurdes, do Marreco, da mãe, da Augusta, do José e do teu maior amigo , José Campanário.

 

[1] Aerograma-Eram utilizados pelos militares portugueses, durante a guerra colonial, distribuídos gratuitamente pelo Movimento Nacional Feminino e transportados também gratuitamente pela TAP. Trata-se de um papel muito fino e muito leve, que disponibilizava uma larga área para escrita que, depois de dobrado, permitia identificar o remetente e o destinatário, mantendo confidencial a missiva.

05
Mai25

Modas sem bom senso nem respeito


Vagueando

Há uns tempos a esta parte tenho reparado que cada vez mais  condutores estacionam os seus veículos do lado esquerdo. Tenho alguma dificuldade em aceitar isso, nomedamente porque;

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  1. Quando exsite um muro do lado esquerdo o condutor tem muita dificuldade em sair e, para compensar essa falta de espaço, tem que o deixar a ocupar ainda mais a via que se desinta à circulação.
  2. Os carros possuem refletores à frente a atrás, respectivamente brancos e vermelhos. Durante a noite este estacionamento pode confundir outros condutores.
  3. Diz o número 4 do Artº 48º do Código da Estrada que "Dentro das localidades, a paragem e o estacionamento devem fazer -se nos locais especialmente destinados a esse efeito e pela forma indicada ou na faixa de rodagem, o mais próximo possível do respetivo limite direito, paralelamente a este e no sentido da marcha".
  4. Diz ainda a alínea b) do número 1 do Artº 49º do Código da Estrada que é proibido para ou estacionar "A menos de 5 m para um e outro lado dos cruzamentos, entroncamentos ou rotundas, sem prejuízo do disposto na alínea e) do presente número e na alínea a) do n.º 2"
  5.  E diz ainda a alínea a) do número 1 do Artº 50º do Código da estrada que é proibido o estacionamento " Impedindo o trânsito de veículos ou obrigando à utilização da parte da faixa de rodagem destinada ao sentido contrário, conforme o trânsito se faça num ou em dois sentidos."

Caramba, estacionar desta forma, quando à volta existiam dezenas de lugares vagos, consegue cometer três infrações de um só vez.  É obra, estaciona do lado esquerdo, a menos de 5 metros do cruzamento e ainda obriga os veículos que circulam em sentido contrário a ocupar a faixa de rodagem de quem quer entrar na rua onde estacionou. 

02
Mai25

A Força da Luz


Vagueando

Participação XXVI, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

A foto é minha, parte do texto não. A ideia de a ligar a uma afirmação e a uma pergunta de duas personalidades conhecidas do público em geral, também é minha.

  • Olhar de cima para baixo somente para ajudar o próximo a se levantar (Papa Francisco).

 

  • A quem posso perguntar o que vim fazer a este mundo? (Pablo Neruda).

PA050009.JPG

Este foto, tirada em 15 de Outubro de 2015, às 7h e 40m, pouco tempo depois de descolar do Aeroporto de Lisboa, é um bom exemplo de como olhar para baixo pode ser belo quando estamos no ar e humilde quando, com os pés bem assentes na terra, nos revemos nas palavras do Papa Francisco.

Por outro lado, ao olhar para esta foto, não posso deixar de fazer a mim mesmo, a pergunta de Pablo Neruda.

Bom fim-de-semana.

29
Abr25

Apagão e o renascimento dos anos 70


Vagueando

Ontem dia 28/04/2025, coloquei a bateria do meu velho UMM à carga, logo de manhã. Fi-lo, por hábito porque se trata de uma carro velho, quero dizer, antigo e que prezo (muito) por ser meu, por ter sido o carro onde o meu filho aprendeu a conduzir, por ser um carro português e porque, sendo velhinho, não anda todos os dias, pelo que a bateria não gosta de estar sem uso e por isso necessita de ser carregada de tempos a tempos.

É um processo ecológico, na medida em que, evita que a bateria vá para o lixo prematuramente.

Entretanto, pelas 11h e 30m sensívelmente, dá-se o apagão.

Não estranhei, a minha rua tem problemas crónicos de abastecimento de energia eléctrica, aos quais a ERedes, tem vindo a não resolver. Isto não é uma crítica, é um facto e como resido numa zona sensível de Sintra, devido à sua classificação como Património Mundial, as soluções para a resolução do problema não são fáceis de encontrar e por isso, são lentas.

Mas, pouco tempo depois do apagão, começou a instalar-se um silêncio estranho, parecia que estávamos de novo em pandemia. Poucos carros, poucas pessoas, silêncio.

Estranho!

Ligo o rádio do meu velho UMM e eis que o país estava sem energia, mas começava a estar em pânico.

Sai à rua, a pé, sinto o silêncio e constato a ausência de carros e de pessoas na rua.

Recordo a pandemia. No entanto na rua Dr Higino de Sousa, com cerca de 300m de comprimento e com menos trânsito do que é habitual encontrar em Sintra, algumas crianças jogam à bola e brincam em plena rua.

A falta de computadores, de redes sociais, de video jogos, de televisões, de telemóveis, de internet, fizeram renascer, aquela alegria dos anos 70 em que os "putos", brincavam na rua, no jardim, ao ar livre.

Só por esse fugaz momento, agradeço ao apagão e aos seus responsáveis.

25
Abr25

Peste Grisalha


Vagueando

Participação XXV, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

 

“A nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha.”

Não me interessa quem disse, quando disse, em que contexto, nem com que intenção. Já o que se passa no dia a dia, interessa-me e muito, face à hipocrisia que grassa na sociedade e quando falo da sociedade, refiro-me a todos, políticos e cidadãos.

Aos primeiros porque cabe-lhe dar o exemplo no cumprimento das regras e leis que aprovam. Aos segundos, porque lhes compete dar o exemplo aos outros, não usando os maus exemplos como desculpa para os praticar.

Cada vez que me dirijo a um espaço público, onde existem lugares reservado às pessoas indicadas na foto abaixo, vejo, recorrentemente, infelizmente, maus exemplos no utilização dada a estes lugares.

20250425_090443.jpg

Estes lugares, como facilmente se depreende pelas imagens, estão reservados a:

  • Pessoas com deficiência ou incapacidade;
  • Pessoas idosas;
  • Grávidas; e
  • Pessoas acompanhadas de crianças de colo.

Por tal facto, como é lógico, estes lugares estão mais perto das portas de acesso a estes espaços públicos.

Por comodismo, por falta de respeito, por hipocrisia ou por outra razão qualquer, estão frequentemente ocupados por pessoas que não se enquadram nas categorias acima e, muitas vezes, por jovens.

Jovens que se queixam de tudo e de todos, que defendem causas diversas, jovens que querem colocar a sua formação ao serviço do desenvolvimento do futuro deste ou de outro Pais, não terão falhado a formação cívica quando ocupam estes lugares?

21
Abr25

40 anos depois


Vagueando

A efméride não é minha mas sinto-me parte dela. O homenageado não sou mas sinto-me parte da homenagem. Os tempos são outros mas eu sou desse tempo. O clima mudou, mas neste dia há quarenta anos, a chuva também apareceu mas com mais força e também me atingiu.

O homenageado já não está entre nós mas deixou um legado que hoje foi recordado, quarenta anos depois, no local que o consagrou como um dos maiores pilotos de automóveis de sempre.

O homenageado, Ayrton Senna, quando corria no Autódromo do Estoril, ficava alojado na Quinta da Penalva em S.Pedro de Sintra, pelo que o sentia como vizinho e por várias vezes me cruzei com ele nesta época.

Faz hoje - 21 de Abril de 2025 - quarenta anos que Ayrton Senna ganhou o seu primeiro Grande Prémio de Fórmula Um, com um dos carros mais belos de sempre, debaixo de uma chuva torrencial, corrida que dominou com mestria e que, se fosse hoje, teria sido interrompida.

E também estive como espectador neste mesmo autódromo, quando Ayrton Sena se sagrou vice Campeão do Mundo de Karts, quando, por momentos fiqeui convencido que era ele que tinha sido campeão do Mundo.

Ficam as recordações e as fotos de hoje.

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18
Abr25

Não sei porquê!


Vagueando

Participação XXIV, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Não sei porquê gostei desta foto.

Não sei se por ver a Primavera a forçar a sua entrada num Inverno que já foi mas teima em não deixar-nos.

Não sei se foi por ver o Inverno abrir uma brecha para deixar a Primavera exibir-se.

Não sei se porque sou eu que estou baralhado neste tempo, que não está alinhado pelo tempo.

Não sei se por a natureza, de uma forma ou de outra, comporta-se como quer e não dá satisfações a ninguém.

Mas gostei desta foto, no Parque da Liberdade em Sintra e espero que gostem também.

20250413_180256.jpg

 

 

13
Abr25

Fundação Albuquerque - Sintra


Vagueando

A Albuquerque Foundation é uma instituição cultural situada em Sintra, Portugal, dedicada à apresentação e ao estudo de porcelana chinesa de exportação e de cerâmica contemporânea.

 A informação acima consta do site da Fundação Albuquerque,  sedeada na Rua António dos Reis, 189  - 2710-302 Sintra, abriu as suas portas no passado dia 22 de Fevereiro de 2025.

Visitei-a hoje e, mais do que vos descrever o que vi, isso podem consultar no site da Fundação ou melhor visitar pessoalmente, vou deixar-vos com as imagens da beleza que encontrei.

Sem mais comentários, ficam no link abaixo, as imagens da quinta onde a Fundação está inserida.

Fotos Fundação Albuquerque

 

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